Que tudo tenha a beleza do infinito, a singeleza do amanhecer e a pureza dos sonhos e das margaridas...
Outro acordar
É tão bom acordar e escutar...
O cachorro latir ao longe,
O pássaro cantar,
A flor embelezar,
O botão se abrir,
O universo sorrir.
É gosto acordar e agradecer...
A aragem que balança,
Ao infinito que canta,
A nuvem que dança,
Ao Criador que não se cansa
de cuidar de mim.
Hoje eu acordei...
Minha gratidão à vida, tão amiga,
Generosa, geradora, amorosa...
Depois da chuva que molhou a noite, a Terra amanheceu sorrindo e os açaizais tocam o rosto de Deus e embalam os anjos que se banharam no orvalho deste amanhecer... Bom dia!!!
Chuva e anjos
Nublado está o tempo...
Sem voz o vento silencia
e fala o inaudível de sua voz
Paradas estão as ramagens
o que faz da paisagem um tempo de fina cor.
Nuvens inertes,
de veste marrom se pinta o tempo
O sino toca na torre do templo
e os pássaros a tempo se alimentam
dos frutos ainda verdes.
       Olho pela janela...
E todas as aquarelas têm rosto de anjos
Molhados de tempo...
Plantemos flores nos nossos quintais e elas enfeitarão nossa alma!
  Transgressão da alma
                        Quando durmo minha alma voa,
pousa nos campos orvalhados,
nas pequenas roças de lavradores cansados,
ajuda a carregar o fardo, planta o roçado,
amola as enxadas e ara sonhos.
E entre sonhos e margaridas, apruma o mastro
e antes de voltar pra me acordar
ata sua rede nos tapiris e dorme um sono enluarado.
Minha alma criança rabisca amor
nas paredes do mundo,
medra num sopro encantado,
faz vigília pra acalmar as tempestades,
injeta carne, que cria voos enquanto volta pra casa.
Esperei chegar dezembro e plantei pra você: Rosas rosas e Rosas brancas. Mantenha-as vivas no seu coração!
Em tempos de vendavais
 Eu planto jardins para repousar meus sonhos
Cultivo Margaridas para suavizar
as feridas que se grudam na alma.
Olho para os céus
e vejo Deus na terra religando
os meus cacos, os meus pedaços
deixados pelo caminho.
Em tempos de vendavais...
 Vejo o tremular das velas ao vento,
se equilibrando, sôfregas,
frágeis, fortes...
Leves como as asas das andorinhas,
que surfam nas ondas bravas do mar.
Em tempos de festas...
Eu sou silencio, silêncio...
Depois da janela tem um cacho de felicidades que meus olhos gostam de ver...
O destino de cada um
É preciso aprimorar o olhar...
Para compreender o que os céus têm a nos dizer
É preciso se desprender
para ver o que está perto de nós.
É preciso deixar Deus pousar em nós
para sarar a dor que nos corrói,
que aflige o nosso viver.
É preciso não esquecer que,
somos pedacinhos de estrelas,
brilho de luar, mistério do mar
e que por isso amar é o nosso destino.
Bom dia gente linda! Fiquei algum tempo fora cuidando da saúde. Mas cá estou de volta...
Você conhece buriti? Este cacho ainda está verde e é um cartão postal plantado no quintal de meu filho que mora em Belém-PA.
Que o seu dia seja de gratidão à Vida e de celebração da alegria...
Com o carinho de sempre, eu...
Revoada do tempo
Chega um novo tempo..
Eu sou um doce sentimento que
o vento plantou na primavera passada,
quando a florada de sonhos
se pintava de vermelho e azul.
Eu canto um novo canto,
colho orvalhos numa cesta dourada,
canto de pássaros em revoada,
amo o vai e vem da tarde que já começa
se vestir de saudades.
Chega um novo tempo...
Deslumbra-se no horizonte uma lua bonita,
um céu colorido nas cores da noite
e uma carruagem encantada
movida pelas estrelas.
A lua desnudou a nuvem escura que se apresentou como cortina da noite numa noite de luar...
A luar abriu caminhos de luz sobre o grande rio, Amazonas...
A lua encantou meus olhos...
Sobre o encantar
Quando o pôr do sol me encantar,
há de ficar fios dos meus cabelos
na terra do meu jardim,
nas roseiras, as linhas de minha mão,
nas Helicônias, um punhado de paixão,
nas orquídeas, pedacinhos do horizonte,
nos poemas, o brilho do meu olhar,
nas canções da minha terra o desafino de minha voz.
Quando o pôr do sol me libertar,
as estrelas vão costurar o meu destino,
o meu carinho nos pergaminhos
tatuados nos muros da vida.
A brisa doce do mar
vai salpicar arco íris nos pássaros
que voam sobre o rio Amazonas,
cativando o meu olhar.


Primeira Carta: por uma educação da ternura, do diálogo e da co-responsabilidade – recordando Paulo Freire...

                                                        A vida é breve, a alma é vasta
                                                                   (Fernando Pessoa)

Caríssimos professores-professoras, educandos e educandas que educam e são educados sob o sol do Equador e a brisa do rio Amazonas...
Escolhemos a sombra de um jambeiro para repousar as nossas tristezas, as nossas preocupações, uma pitadinha de desencanto com tudo que ouvimos, sem perder a nossa fé e a nossa alegria, quando vemos e compreendemos o atual estado da Educação no nosso Estado do Amapá.
Somos um dos grupos de professores-professoras que faz do seu cotidiano um constante desafio em reinventar diferentes maneiras de criar espaços de educação que cuide da VIDA. Este sonho se fortaleceu lá pelo velho e saudoso Instituto de Educação do Amapá-IETA, portanto, temos o dever de continuar a rebelar a nossa ousadia, de questionar a razão pela qual fazemos o nosso trabalho, nosso fazer pedagógico, seguindo a problematizar realidades, coçar almas, semear outros olhares.
Nunca nos negamos dentro de nossa incompletude ao compromisso de educar. Fazemos Educação com carinho, como o jardineiro que cuida com amor de seu jardim. Investimos em beleza e encanto, compartilhando nossos recursos, mas como sempre foi nossa escolha fazer do jeito que fazemos com música, poesia, mística, embelezamento do espaço, com a alegria de que podemos tornar nosso espaço-tempo escolar mais prazeroso de se Viver.
Em 2002, organizamos o Projeto de Formação Continuada com o apoio do atual Governo, o que fortalecia nossa esperança.
Em 2010, construímos o Projeto Semeando. Cada palavra foi escrita com a nossa alma, com o nosso corpo, com toda a nossa inteireza e através dele e com ele viajamos todos os municípios deste Estado, dialogando, vivenciando uma proposta de uma educação que entrelace a cognição com a amorosidade e, sempre, fomos recebidos carinhosamente pelas Escolas e Instituições outras.
Durante esse caminhar em diferentes trilhas, escrevemos a revista “Religando o conhecer ao viver”, com os temas “Avaliação” e “Relações Interpessoais.” Concluímos um livro que conta a história político-pedagógica do IETA (a publicar);  outro livro foi escrito com as experiências educativas vividas durante três anos na Escola Dom José Maritano ( a publicar); e mais dois pequenos livros, um que conta as histórias bonitas e significativas das professoras e professores deste Estado e outro  filho, agora, já concebido,  sobre Conselho de Classe (a publicar). E assim entrelaçamos nossos sonhos com quem acredita que podemos entrelaçá-los com os sonhos de Cora Coralina que nos ensina que nada tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas.
Mas, hoje, diante de um cenário um tanto triste e angustiante, começamos a nos perguntar: como Ver beleza no prédio, na sala que trabalhamos, se estão sujos porque não tem material de limpeza? Se não tem água nos banheiros? Se mesmo com salários parcelados, ainda precisamos comprar água, gás, café, material pedagógico...? Como Esperar no sentido do saber complexo, vendo a tristeza e indignação de quem passou a ganhar menos, ainda por ter perdido a regência de classe e mais triste sentir que há mágoas entre quem perdeu a regência e quem não perdeu, talvez, quem não perdeu está com medo de perder, quem perdeu está incrédulo com tantos equívocos.
 Difícil continuar fingindo que está tudo bem. Difícil Abraçar este tempo de muitas cobranças se as condições oferecidas são escassas.
Esta carta é um grito de clamor pelo desejo de continuarmos, acreditando que a Educação é uma ferramenta e um brinquedo na reinvenção do mundo.
Saber conversar é mais um dos saberes do pensamento complexo, nas rodas-oficinas que estamos fazendo. Nas escolas estamos dialogando, enquanto Secretaria de Educação que somos, sobre Gestão democrática,  que não se trata apenas de uma teoria, mas de uma vivência construída na conversa, na partilha de saberes, na alegria de se estar fazendo algo diferente, belo e coletivamente. Mas estamos compreendendo o quanto estamos sendo contraditórios. As pessoas nas escolas estão nutrindo um sentimento de abandono. Estão vivendo no atual momento um constante estado de insegurança, de angústia, de desesperança e isso é triste.
Portanto, em nome do bem conviver e em nome da educação como CULTURA DE PAZ esperamos reconstruir nossos diálogos, enquanto Secretaria de Educação que educa para a vida, que educa pessoas para o Saber amar, para saber cuidar das pessoas para uma sensível reflexão sobre o momento vivido.
Vamos nos escutar com sensibilidade, vamos nos falar, vamos dizer o que estamos sentindo, vamos compartilhar   as belezas de nossas vivências, vamos  reencantar  os nossos sonhos, vamos nos fortalecer nos pilares da educação: aprender a aprender, aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a ser.
É o que espera de todos nós, educadores-educadoras, a Comunidade Aprendente deste Estado, em nome da Paz, em nome da Vida...


                                       Deusa Maria Rodrigues Ilário






Ousar recomeçar com a beleza das Orquídeas que brotam nos velhos troncos...
Ousar recomeçar
Falta pão na mesa e perdão entre irmãos,
se sonha na solidão e se esconde a compaixão,
o pão é jogado fora,
enquanto a criança chora pelo mundo afora
a falta de um grão de arroz e feijão
Quem rouba, quem explora,
sabe que a sua hora está perto de chegar.
Falta pão e beleza,
mas sonhar é ousar recomeçar
As sementes se espalham,
mas falta quem semear.
Eu ganhei uma cesta com flores,
 sonhos e sementes
Vem, vamos semear um outro pensar,
amar nas nuvens, dançar na chuva,
acordar a consciência,
desacomodar...
Do meu jardim para você que tem a alma doce e florida! mas também para você que ainda prepara o seu jardim, que desveste a alma e espera pela próxima primavera.
Com o carinho de sempre...
Morna tarde
A tarde estava sombria,
quase que chovia uma chuva morna
Eu decidi voar e logo percebi que
minhas asas tremiam quase encharcadas,
raios incandescentes tremulavam os meus vitrais.
Relâmpagos queimavam minhas penas e asas,
olhar embaçado limitava o infinito,
mas o medo eu o pousei meigamente no horizonte.
Feliz eu fiquei quando os cintos
desfivelaram a minha liberdade
e meus pés tocaram o solo sagrado,
mesmo que calçado com dura capa de asfalto.
A tarde sombria virou uma noite
de alegria, de colo, sorrisos,
saudades e reencontros.
Uma flor para acolher o Amor que se encanta nas pétalas. Nesta flor pousou o amor da lua e a estrela se apaixonou pela gota de orvalho que na folha deslisava...
Rosas e borboletas
Senti saudades de ti.
 Pedi ao artesão da vida, linhas e agulhas
para costurar rosas e borboletas nos teus sonhos.
Rosas para florir o tempo,
borboletas para embelezar os campos
onde estende os teus lençóis.
Senti tristeza por um tempo perdido,
vivido sem sentido e de sentimentos vãos.
A razão não cultivou o mistério
e a emoção não acordou os anjos adormecidos,
não soprou o seu espírito no mundo que sonhou
Hoje, os tambores cantam suas doces saudades.
Sentir saudades de ti...
É preciso aprimorar o olhar para compreender o que os céus têm a nos dizer. É preciso se desprender para ler o que está perto de nós. É preciso deixar Deus pousar em nós para sarar a dor que nos corrói,que aflige o nosso viver... 
Remansos e correntezas
O vento sopra, o galho balança e como numa dança deixa que a semente cumpra o seu destino que é o de, voltar pra terra, germinar, reflorescer, gestar o ciclo continuo da vida.
As sementes que caem na terra, já caem no leito sagrado e fecundante, mas tem sementes que levadas pelo vento caem nos rios e são levadas pela correnteza. Poucas seguem o fluxo ininterrupto dos rios, a maioria vão se juntando pelas margens, criam uma enigmática proteção. As vezes encalham nas ramagens aquáticas e por lá ficam, até que uma grande ventania as arrastem até ao meio intempestivo das águas ou que o tempo as transforme novamente em adubo.
Eu amos as margens dos rios...Quando eu era criança tinha imenso  prazer de catar sementes trazidas pelas águas, elas eram os meus brinquedos. Mas também observava as sementes que seguiam as correntezas dos rios e quão difícil era deter uma delas. Por que, apenas algumas sementes seguem o fluxo veloz das águas? Observo, também que por serem poucas, quase sempre seguem sozinhas. Sozinhas? Não. Elas tem todo o universo com elas. Mas, eu estou falando de sementes... O que será que a natureza me diz através desta observação?
E as sementes que se juntam nas margens, como se essas fossem a sua proteção? O seu ninho? Ou é o se juntar que é a verdadeira proteção? Será que elas, ainda servem como brinquedos para alguma deusa? As que seguiram a correnteza podemos afirmar que vão conhecer o mar? Qual dessas sementes eu gosto de ser? Posso ser as duas ao mesmo tempo?
Esta cativa o coração por sua pureza e perfume... Com ela aprendo a me deliciar com o cheiro dos amanheceres...
Olá, pessoa linda que traz flores no olhar, sementes nas mãos e desejo de semear, a paz, a compaixão e a gratidão à Gaia, geradora de vidas e acolhedora da Vida....
Meu jardim está amanhecendo assim e eu amo vê-lo florir! Vamos embelezar, plantar flores para encantar o nosso olhar?
Uma Rosa... Ao conversar com ela todas as manhãs, meu coração transborda Paz...
Esta me fala da sua singeleza... Eu aprendo com ela que delicadeza gera delicadeza...
Com esta eu aprendo sobre saudades...E meus olhos ficam molhados de ternura...
Esta me ensina sobre ousadia. Elas estão tomando conta do telhado de minha casa... Com elas aprendo a rebeldia da Vida... 
Com esta eu aprendo a beleza das diferenças. As diferenças se complementam...

Eu desejo a você
A capacidade de sorrir, mesmo quando
a tristeza invadir o seu coração.
 Leveza para criar suas tintas e pincéis e assim aquarelar
o seu arco íris quando quiser seguir as nuvens.
Que os seus lábios beijem os risos esquecidos
quando a alegria se esquecer de ti.
Que não esqueça do calor dos abraços e abrace,
Afague, cative.
Que os teus olhos estejam sempre curiosos
para as belezas que estão ao teu lado.
 Que a dúvida esteja sempre presente,
pois é ela que gera em ti as certezas passageiras.
 Que a tua fé ande ao lado da tua força,
seja anjo, sonhador e criança.
Que a tua sabedoria atice a tua coragem de ser você
em toda a sua plenitude.
 Que tenhas paciência na tessitura
dos caminhos da vida.
Enfim... Que não esqueça:
O amor é abrasador, mas também é suave, é mansidão
Te fortalece com o outro e seja feliz.
Olá, boa tarde para você que visita este meu-nosso cantinho de guardar palavras, de cativar almas simples e belas... Você conhece esta palmeira? É um mucajazeiro. Seu fruto possui um cheiro peculiar das tardes mornas. Quando vim morar nesta casa eles eram pequenos. Cuidei deles e hoje estão assim...
Labirintos e lareiras
Hoje vejo o quanto és belo...
Os teus olhos brilham,
como faróis nas noites escuras
Teus cabelos voam soltos ao vento,
encaracolando os cachos,
e perfumando o tempo.
Teu coração canta ao ouvido dos anjos,
tua voz cativa, desliza carinho, revela segredos
Tua alma encanta, teus sonhos contagiam.
Os olhos cantam a esperança, nas andanças
 nos passos de dança, nas utopias.
O coração sai do peito
como se uma estrela guia fosse.
A voz sussurra por baixo do travesseiro,
acordando a tarde, riscando no espelho,
escolhas e destinos.
Minha alma caminha entre labirintos
e lareiras e descansa no dorso
da boniteza de um sonho.
O entardecer dando passagem para a noite descer sobre a Terra sua cortina escura... Nesta hora os anjos cantam para a nossa alma descansar, repousar entre a beleza triste e o mistério que sonda a Vida. Eu amo me entregar a este momento de meditação e consolo!
Maria e eu
Hora da Ave Maria...
Bate uma tristeza enlaçada com a tarde
 Parece que um pedacinho de mim se vai
na doce saudade
do que não foi e não será jamais.
É Ave Maria...
Os pássaros voam de volta para seus ninhos,
levam com eles o meu entardecer
A terra seca geme, mas logo
a brisa orvalhada há de molhar a Gaia maltratada
e no amanhecer as rosas vão florescer
e a tristeza vira liberdade.
Ave Maria cheia de graça...
O silencio pousa suavemente suas mãos
na solidão que eu gosto de ter
O vento abre a janela, o telefone toca, lá se vai a
minha imaginação, o horizonte, a poesia, o meu pedido
 de perdão e a minha eterna gratidão a Vida.
Bendita és tu entre as mulheres...
A primavera cativa o meu coração porque com ela vem as flores, os sonhos os amores que as vezes pensamos estarem longe... Meu jardim está florindo, a alegria está parindo sonhos de Paz.
Um sonho que sobrevoa o cais
Quem se arrisca a dizer...
O paradeiro daquele sonho?
 Seguiu a revoada das andorinhas?
O mergulho das gaivotas?
 O cardume dos peixes na piracema?
Os remansos e redemoinhos do rio?
As correntes do mar?
Será que encalhou na canção a cantar
na beira do velho cais?
Aonde está o meu sonho?
 No puído do surrado blusão...
Num cantinho morno do meu coração que
 se faz além dos vendavais,
das velas dos possíveis destinos
e da beleza de amar navegar.
O meu sonho está aqui,
dentro de mim, dentro de ti,
no barco que se solta do cais...
Olá, gente linda que lê meus versos... Eu te desejo um belo entardecer! Que o seu adormecer seja velado por anjos de luz, anjos da paz!
Deusas amam pedras! Eu sou Deusa...Elas são o meu altar de encantamento e boniteza. Esta, eu fotografei na estrada para o Oiapoque...
Aprendiz da alegria
Junta a lágrima,
água que lava o seu prato,
que ternura os seus olhos,
que limpa de seu olhar os dias cinzas,
talvez tombados de dor.
Seca a lágrima, respira suave
e profundamente,
veja que o horizonte está te falando de amor.
Chorar é bom, é bom aliviar as tormentas
que se grudam na alma
Agora recuperas a calma, é hora de ser feliz
e aprendiz do que ainda virá.
 Te entregas a magia de ser, de sorrir, de fluir
A agonia pode até reaparecer,
mas não é agora, talvez num outro amanhecer.
Chorar cria brilho no olhar...
Gente linda que ama a poesia, boa tarde!
Além da poesia eu, também amo pedras...
Fui a trabalho a cidade de Oiapoque-Ap e olha com o que me deparei, uma capelinha toda de pedras! Fiquei encantada com esta singela beleza!  
Lenha e poesia
Ponho lenha na fogueira,
ateio o fogo pra afugentar os maus olhados,
os quebrantos e as misuras que eu mesma faço
Também as dores e as tristezas
de um tempo que volta ao passado
e que nem sei se deixa saudades.
Ponho vento nas palavras,
ponho palavras na alma
Dos olhos faço poemas,
nos versos desenho horizontes.
Ponho lenha na fogueira, cachoeiras no fogo,
a lenha acende as chama,
o amor incendeia as entranhas da esperança.
 Ponho o horizonte nos meus pés cansados,
rosas nos seus sonhos cálidos
e nuvens de algodão no seu coração,
no meu e de toda essa multidão que talvez,
perdida está na ilusão de quem
não acha seu próprio caminho.