Trago um horizonte azul pra você! 
Neste entardecer vejo a calmaria do rio Amazonas. Vejo a água cantar ao encontrar-se com as pedras... São José de Macapá abençoa esse fluir das belezas encantantes.
Com o carinho de sempre...  

As cores de um devaneio
Vejo tudo nublado,
cor de cinza,
visão embaçada...
A lembrança de um grande amor
invade a alma.
Cheiros me trazem baús empoeirados,
retalhos de um tempo
que ficou no passado.
O coração chora,
a alma brinca com as gotas
de orvalho pendurados
na memória cristalizada
Os vitrais frios desenham
meu rosto franzido de saudades.
Mas em meio ao colorido sem cor,
um pássaro voa
e pousa no varal de
meus devaneios...

Um esclarecimento: Todos os poemas aqui postados são de minha autoria. Os poucos que não são, eu jamais esqueço de colocar o nome do autor.
Um feliz final de semana para você  que senta ao meu lado para ler simplicidades...
Com o carinho de sempre!

Cheiros e sabores
Na estrada da vida eu vou caminhando,
colecionando as marcas
de outras pessoas,
sentindo diferentes cheiros,
apreciando o arco íris de cores,
saboreando os sabores
e plantando girassóis.
Caminho em caracóis,
sem retas, sem metas,
sem planos...
As cirandas me chamam,
a chama da vida dança em mim.
Vou ao teu encontro,
estás dentro de mim.
Vem carinhoso,
amoroso é um amor sem fim.
Nas estradas da vida,
a vida renasce,
no sopro de um entardecer.

Bom dia gente do bem!
Olha o rio Amazonas afagando o nosso caminhar, num abençoado entardecer...

Raios e cristais
Ao longe um trovão explode,
um raio risca os meus cristais,
um sino toca, minha alma canta,
os pássaros voam
e o farol que vejo ao largo do rio Amazonas,
ilumina os meus sonhos.
Ao longe, alguém semeia
e sente que terá flores
por toda a trajetória da vida.
Eu também semeio
e o meu semear cuida dos jardins,
e estes são mais belos do que pude imaginar.
Ao longe, alguém canta,
outros choram, mas o cantar
e o chorar, são raios que já
não quebram os meus cristais...

No fluir d vida eu sigo plantado jardins, cuidando das flores, das pessoas, plantando frutos para alimentar os pássaros e entre sonhos e abraços, escrevo simples poemas.
Uma feliz semana para você que senta ao meu lado, neste virtual espaço e partilha da alegria de ler.

Grãos de areia
Fluir...
Sentir que a areia alva acarinha os fios,
que tecem a Teia da vida
e que sobre o planeta Terra há
mistérios, infinitamente, azul vermelho
e um horizonte bordado com grãos de areia,
franzido de cristais.
Meus ancestrais, vejo aqui,
incrustrados nas pedras,
pedras com alma que acalma
a dor do mundo.
Meus passos feitos de ondas,
caminham entre teias, areias
e segredos, trazidos pela
brisa que molha o vento.
O fluir das pedras é o meu próprio fluir...

Tudo aqui é poesia!
A mata canta, o rio chora e ri, a brisa é morna e aquece a alma
E o horizonte é sempre um convite à contemplação do que sentimos ser eterno
A vida aqui é bem devagar...

Aquecendo sonhos
E a terra se encharca,
o mato cresce,
os botões florescem
e os sonhos se aquecem num tempo novo,
criado pelo povo em meio a desesperança.
A passarada voa,
a canção entoa sua melodia
e o dia surge entre raios de luz
e a palidez do horizonte.
A janela se abre,
respira o cheiro da relva orvalhada,
as ruas agora tomadas de cores
e aromas, marcham em direção
a velha estrada marcada,
que já conhece o caminhar de sua gente
E a terra encharcada canta a minha paz...
 
Olá, gente linda e do bem!
Estive ausente por um bom tempo, mas já de volta, quero agradecer a presença de vocês por este espaço. Espero expressar a minha gratidão através de novos poemas.
Tenham uma semana de muitas bençãos e luz!

Numa rua qualquer
A cada pingo de chuva que caia,
uma doce solidão
invadia o meu peito.
A rua vazia,
a casa barulhando
um silencio assustador.
Olhava no portão
e penas o urubu quebrou o silencio
do meu olhar com seu voo,
leve, mavioso e provocador.
Abri o portão, o portão se abriu
pra dar passagem ao meu ritual,
marcado pela saudade.
As ruas molhadas acolheram
o meu caminhar repousante de sonhos.
Sumi na rua lamacenta
e a lama cuidou dos meus pés
ávidos de caminhada.