E o vento

O vento bate no poema do tempo,

uma prece aquece o que há de vir

e no meu peito renasce

todas as saudades.

Saudades da lua,

saudades do sol,

saudades da chuva,

saudades da curva da estrada

que marcou o nosso tempo.

O vento de dezembro traz esperança,

andanças e infinita luz.

O vento, o tempo deixam marcas,

pegadas nos caminhos,

sino, templo distante

e ainda tem ciranda que movem

os passos meus.

E o vento enxuga uma lagrima...

Aparando a brisa do rio Amazonas... Paz e bem a você que também colhe brisas...
 

Ousadia e candura

Um velho castelo, um lago,

um céu de sóis e luas,

uma deusa entranhada numa montanha,

distante de meus olhos

como um horizonte perdido entre sonhos e solidão.

Solidão cheia de primaveras medra

entre musgos, cantos de rouxinóis

e pingos de vida que tecem a linda Teia.

Carretéis voam em auroras radiantes de ternura

Onde está o medo? convive entre rosas, ousadia e candura.