O olhar
Procuro ternurar as escuridões que insistem
em grudar no meu infinito
Olho no fundo do teu olhar,
ele não foge mas faísca medos.
Busco no fundo da alma gotas de belezas
para acarinhar o desconhecido
e não deixar que nossas diferentes emoções
caiam pelo chão e quebrem os nossos cristais.
Alimento o teu olhar para depois me emocionar
com o seu pedido de amor
Quanta dor eu preciso abraçar,
quanta desesperança eu ainda posso aninhar?
Passo a acreditar,
o olhar é a janela da alma.
O poema abaixo, simples, mais feito com carinho dedico a amiga Beth Zhalouth, que anda por este espaço e sempre deixa uma mensagem de carinho e de cuidado. Obrigada, querida pela preocupação com a minha saúde. Já estou melhor! Um carinhoso abraço!

Jardins de sonhos

Hoje completei os meus pedaços de saudades

Cuidei do céu e da estrela que cairam no meu deserto

Adubei a terra e logo vi a estrela brotar,

virar comunhão, mar de amar

e fazer dos humanos fontes de delicadezas.

Meus pedaços de saudades

são pétalas num jardim que é solidão

Nele planto os abraços, a ternura

e os afagos das mãos

como energias que cicatrizam a dor do coração.

Minhas saudades transbordam

e molham as minhas emoções de estar aqui,

de ser jardineira que cuida dos jardins,

pois estes jardins

são os meus mais lindos sonhos.