Doce esperança
Dentro das deusas mora um mar,
por que será que não sei navegar?
Tenho um horizonte que me chama, que inflama minhas utopias,
mas que empalidece a chama que arde no meu peito.
Tenho um jardim, mas ele não floresce dento de mim
Tenho perolas nos meus olhos
e nos meus sonhos espalham-se cristais.
Tenho uma imensa praia para caminhar,
mas quando nela bate o luar saio a catar estrelas do mar
para nelas incrustar uma doce esperança.
Tenho leme, tenho remo, tenho faia,
vou sair da praia, vou fazer um barco,
vou costurar uma vela, vou beber meu mar,
vou aprender a navegar,
e nas noites sem luar vou armar uma tenda
 para nela  bordar os meus versos.
Vou abrir a janela infinita da vida
e me atirar na rebeldia de ser e viver como os cristais. 

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