Ilha
O rio resplandece em cor, cor laranja, cor de cana,
cor de café, cor...
A quilha do barco corta um tempo chamado saudades,
traz minha infância e a acomoda dentro dos meus olhos
e as lembranças se embaralham entre
 o pensamento e a imaginação.
E quando a fantasia alivia o meu cansaço,
respingando água nos meus cabelos,
o rio me presenteia como uma pequenina ilha.
Oh devaneio!
Como se segurar num rio de banzeiros e luar? 
Como não se desapegar da lama sagrada do rio Amazonas?
Como ficar a dançar entre as maresias,
as ventanias e os doces mistérios de navegar,
sem sair do lugar, 
mas alcançando todos os horizontes.

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