Almas irmãs
Nunca te toquei, nem olhei nos fundos dos teus olhos,
nem te abracei um abraço de irmãos
Por que então, sinto falta de tuas mãos amigas,
da ternura do teu olhar,
da sabedoria do teu pensar,
da mansidão de tuas opiniões severas e sinceras?
Procurei-te no teu blog,
te busquei no amanhecer de domingo
Vi o silêncio te procurando na cozinha, 
do bule vazio escorria prantos,
no fogão de lenha, apenas cinzas esquecidas ao vento.
O jornal sobre a cadeira de balanço,
agora ler pra ti sobre a tua partida.
Olho para o horizonte...
Por trás de tuas montanhas encantadas
vejo os teus olhos nas estrelas brilhantes.
Cutucar a lua, brincar com as estrelas, 
tecer teias de bem querer,
agora são rimas daquele poema, que eu fiz pra você
e aquele pezinho de esperança que plantaste
pra mim há de florescer e derramar 
pétalas e saudades ao vento.

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