Casulos e jardins
Nuvens escuras bordam o firmamento.
Se olho para o céu, vejo chuva,
se olho pra terra, lagrimas molham os rostos incrédulos.
A tristeza se espalha no tempo
Quão grande é o mundo, tão vasto é o espaço,
tão profundo são os sonhos,
de tão raso os destinos se fazem efêmero
tão apertado são os baús que acolhem 
os nossos casulos.
Havia um choro coletivo,
a dor sangrava, as perguntas feriam a inteligência.
Mas, quando tudo silenciava, quando a dor dilacerava
e a chuva não parava de cair,
vi no fundo da morada
uma linda palmeira dançando ao vento, acenando,
dizendo que há outras manhãs,
que os casulos viram pó de estrelas,
as borboletas fazem festa nos jardins de girassóis
e entre os casulos e as borboletas,
tatua-se o sorriso de um menino...

Nenhum comentário:

Postar um comentário