Aquela lágrima

Sabe aquele adeus?

Ainda hoje o vi pendurado

no poema que escrevi

no outono passado, ele está amarelado

e molhado pelo orvalho da madrugada

Mesmo assim dá pra ler

as linhas de uma saudade.

Lembra da lágrima que escorregou

pelos cantos daquela sala?

Nada mais estava no lugar,

nem os livros, nem as memórias

e nem as anotações feitas

em pergaminhos de seda.

Mas a lágrima,

essa molhou meu rosto,

minha alma libertada

e meus sonhos.

Mas foi a sua mão feita de poesia

que meu rosto acarinhou

A lagrima e o adeus continuam

pendurados na janela do tempo.

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