Tristes dias

Que tempo é esse?

Terremotos famintos,

enchentes sedentas,

descaso, pobreza, dor, solidariedade

Corpos viram lama,

Gaia é devorada,

lágrimas descem pelas encostas em chama.

Sombra de sonhos, afetos vazios e eu?

Num latifúndio tão grande,

os jardins  foram engolidos,

ficou o lixo como moradia dos pobres.

Ah, meu país, não foi assim que eu te quis...

E agora? Como trazer a aurora

que ainda mora dentro de mim?

A ganância, o desamor,

a dor dos inocentes dói no peito meu!


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