Jardim de rosas
Eu vi no remanso da correnteza
o som do silêncio,
o cair da noite com  os gritos
dos maracanãs em voo.
Vi os gravetos correndo com a vazante,
neles havia sinais de mãos
de crianças travessas
e quando a preamar se acomodou
no leito do rio,
o redemoinho colheu suas pérolas
e canções, desde então,
o cálice transbordou
e o jardim de rosas floriu.

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