Outro amanhecer
Pingos, pingos, pingos...
Escuro como a noite,
noite sem sonhos, sem sono,
sem travesseiros.
Lençóis molhados,
telhados quebrados,
utopias levadas pelo ralo.
Pássaros voantes pousados,
filas imensas de trôpegos passos
Inercia... Nuvens pesadas,
tempo sem cor.
Faço um facho e no labirinto tenebroso,
nasce a luz, a cruz não está mais pesada
Nasce um girassol na calçada.
Corpos se abraçam
e mãos entrelaçadas abrem caminhos
entre a palidez do tempo
e a aurora de um outro amanhecer.

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