Numa rua qualquer
A cada pingo de chuva que caia,
uma doce solidão
invadia o meu peito.
A rua vazia,
a casa barulhando
um silencio assustador.
Olhava no portão
e penas o urubu quebrou o silencio
do meu olhar com seu voo,
leve, mavioso e provocador.
Abri o portão, o portão se abriu
pra dar passagem ao meu ritual,
marcado pela saudade.
As ruas molhadas acolheram
o meu caminhar repousante de sonhos.
Sumi na rua lamacenta
e a lama cuidou dos meus pés
ávidos de caminhada.

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