Um brinde aos quintais
Gratidão e ternura a este universo sagrado. Consagrado na beleza da simplicidade que habita os quintais. Meu quintal neste momento silencia. As flores “vagabundas” que nascem em qualquer lugar por obra da natureza florescem e enche da cor amarela os meus olhos. Pequenos passarinhos passeiam livremente entre as flores e as pedras.
Olho para cima e vejo goiabas que guardam gotas do sereno da noite. Amoras bem pretinhas enchem minha boca de desejo e sabor. O ninho do sabiá pendurado no galho do jambeiro faz pulsar no meu peito o cuidado, o carinho, o amor pelos frutos de minha carne.

Os urubus que voam elegantemente no espaço pálido pelo tempo das chuvas e as borboletas que sobrevoam as helicônias me encorajam a dedicar este quintal de palavras aos próprios quintais, às pedras, às borboletas e a você que também ama o quase invisível, o quase inaudível e o divino que habita em nós, entre nós e além, bem alem...

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