As cores do cotidiano
A toalha encardida balança na janela
de parapeito também encardido
Pálido cenário...
Prédios carcomidos pelo tempo,
borrados pela cor cinza
Quintais sombrios com cores que eu não gosto de ver,
mesmo sem gostar fico a olhar
até os olhos cansarem e a retina entristecer.
A toalha encardida foi retirada da janela,
agora deve está enxugando um corpo nu
e no corpo de quem se enxuga,
a toalha parece singela, de cor amarela, será?
Por uma fresta pequenininha vejo um vulto se mover
Será que a toalha é mesmo encardida?
Ou é o meu olhar que já não visualiza as cores infinitas,
as cores cotidianas do cotidiano da vida?

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