Velha cadeira
Você se lembra daquela velha cadeira
que eu costumava sentar para esperar a noite chegar
e você apontar entre as estrelas?
A cadeira sumiu, fugiu entre os cachos da cerejeira
que só sabem se abrir em flor.
Ficou a estrada toda encurvada 
entre o tempo e a espera,
entre a fantasia e a quimera
que colhe das pedras, pétalas e cristais.
Eu quero a velha cadeira,
a ladeira ladrilhada de sonhos e de paz
Quero a alegria do dia
      que já se esconde no doce cantar dos pardais... 

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