QUANDO A NOITE DORME

A noite deita-se nas velas do velho barco. e docemente adormece. O orvalho molha seus cabelos escuros e densos, o convés abriga o seu corpo serenado e a gaivota nina o meu sono enquanto o rio dorme. A manhã chega chuvosa, nublando a minha visão, embaralha o tempo e a razão e faz a água cantar na quilha do barco. Onde achar a bússola perdida? A deriva é também uma direção e o rio é a canção que o barqueiro assovia enquanto o vento sopra. O dia clareia mansamente, apenas as gotas de chuva que saltam do mastro quebram a plenitude do silêncio a gaivota voa, vai buscar a sua réstia de liberdade.

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