Uma maloca, um velho trapiche encantado... Um rio e um doce silêncio que acalma a alma... 

 

Na esquina do silêncio

Aqui tudo é silêncio,

tudo respira, tudo fala,

tudo sonha

Na correnteza do rio tudo dança,

leva e traz harmonia e paz.

Estou aqui cercada de brisa,

cercada de um silêncio que canta

À sombra dos açaizais

eu refaço os meus laços

e a ternura me abraça

E o rio corre inexoravelmente,

contando suas histórias,

encantando memórias

e coexistindo na inteireza da vida.

Eu amo o silêncio...

Quando a linearidade não me satisfaz eu reinvento... Bençãos e luz para você!
 Quando

O voo da gaivota

Eu vim...

Carreguei no coração a imagem

do seu lindo rostinho

Vim e trouxe na alma

a saudade da brisa do rio amado.

A concha planetária me abraçou

e a inteireza coloriu os meus olhos.

Agua vida, céu mistério,

terra fecunda, mãe amada

e a gaivota circunda o vento.

Já de longe vejo minha gente,

cansaço e esperança,

angustia e plenitude

Vejo Deus no arco íris encantado. 


Beleza para encher os olhos! Pétalas de ipês enfeitam os carros no estacionamento da faculdade CEAP. Eu amo ipês! Gratidão filha, Camila Ilário! 

 

Viver

As vezes o chão parece triste,

abandonado, cheio de lixo,

mas tem dias que

esse chão está lindo,

coberto de pétalas,

de boniteza e encanto

e isso alegra o meu coração.

Viver também é assim,

tem dias que parecem

noites sem lua cheia,

mas a espiritualidade luz faz

tudo amanhecer e eu amanheço

junto com o anoitecer,

mesmo sem luar.

Viver é correr riscos,

é ousar despertar,

é crer na energia cósmica,

na sinfonia universal

Viver é chorar cantando.

Então...


O  velho trapiche fala do tempo, conhece o tempo das águas, o tempo dos açaizais florirem e madurar seus frutos. Conhece o viajante, aprecia a lua e de tanto contar estrelas sente sobre si mesmo o peso de um tempo sem tempo.

A natureza e eu

Eu ouvi a floresta cantar,

a passarada celebrar o amanhecer

que acordava bem cedinho,

antes da lua branca desaparecer

no pálido horizonte.

Eu senti o vento frio

massagear meu rosto,

mexer com meus cabelos despenteados,

com o meu corpo

que ainda dormia entre os lençóis.

Eu vi os pequeninos barcos

deslizarem sobre as turvas

aguas do rio Moju,

rio sagrado, belo rio que

em cada curva conta uma história,

memórias de vidas

que vão, voltam e me enchem

 de doces saudades