Nesse rústico trapiche eu descanso minha alma! Alimento meus olhos! repouso o cansaço da urbanidade... A brisa do rio Amazonas cura minhas dores e me enche de luz! Paz e bem para você que sente comigo!

Eu

Na vida eu choro,

me faço alegria,

medro no nada, me apago,

sou luz, sou dor,

sou odor, sou aroma.

Minha alma é perfumada,

sou errante,

sou aprendiz do amor.

Escrevo bobagens

pra te fazer sorrir,

as vezes a razão toma minhas mãos

e escrevo pra te fazer refletir.

Amo plantar jardins

pra te ter como uma flor

E assim, enfim,

vou me costurando

na dinâmica do mundo. 

 Macapá, banhada pelo rio Amazonas... ventania, ipês ao vento... O olhar  delicado de minha amiga Fernanda, captou essa singela boniteza! Paz e bem para você que ama a brisa e os ipês.
 

Ao vento

Um jardim passa pelos meus olhos

Flores, flores, flores...

Mágicos cachos

pendurados no azul do céu,

entre nuances marrons de

nuvens e roxorosa

de amores e pétalas.

Poemas voam nas asas

de borboletas,

deixando nas verdes janelas

réstias de minhas saudades

Sem flores lavo as dores do povo

No imenso rio Amazonas. 

Vamos lavar a alma, tirando de nós todo sentimento que não seja gratidão, perdão, amor, leveza...? Gratidão à grandiosidade da natureza que se fez assim e nos responsabilizou a fazer dela um jardim. Somos seres cuidantes, amorosos e criativos. Feliz entardecer de domingo pra você, meu irmão, minha irmã!
 

Flor e dor

Mandei pra você

um vaso com girassóis,

meu jardim estava sem sol,

o sol estava queimando minha alma

e meus sonhos.

Salvei a frágil margarida,

ela estava perdida

entre os espinhos

de um cacto sem flor.

Cutuquei a lua,

ela caiu sobre meus cabelos,

pesquei as estrelas,

elas deitaram em meus lençóis.

E assim,

iluminaram minhas noites,

desabrocharam a rosa perdida

e saíram semeando orquídeas

em todos os quintais

Eu canto as dores

de todas as primaveras. 

Um abençoado dia para você que comigo compartilha, um céu, um planeta, um tempo, uma historia e uma flor do quintal de minha casa!
 

 

Assim

Ando assim,

costurando aqui,

costurando ali...

Costuro a Gaia em flor,

costuro um tempo de amor,

costuro o depois de todos

os horizontes.

Costuro os meus retalhos,

desretalhada sou num tempo

sem inteireza.

Mas inteireza eu sou,

e bem acolá me deixaram

um pezinho de saudades.

Era a tarde de um amanhecer,

era um amanhecer

de uma tarde,

tudo costurado virou

transcendência...