Velho trapiche
A poesia nasce das coisas velhas,
quebradas, carcomidas pela memória da carne,
nasce da beleza silenciosa
Avistei esse velho trapiche
e logo me veio uma imensa saudade.
Saudade da vida vivida,
dos desejos quase esquecidos no baú do
tempo,
da aurora que ainda põe sobre a velha
madeira
os seus raios de luz.
Doce visão poética que me aponta o
horizonte,
que enche meus olhos de arco íris,
que remexe as lembranças
que cochilam no fundo da alma.
Meu velho trapiche quebrado...
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