Leves
pontos
Vejo
minha imagem no espelho,
me
vejo feia, bonita, singela,
fotografia amarela esquecida pelo tempo,
sem
lenço, apenas o vento cuida dos meus cabelos
já
quase brancos.
Vejo
minhas mãos borradas de tintas,
bordadas
com leves pontos,
pergaminhos
do destino nas mãos de outra cigana.
Vejo
meus sonhos se desenhando nas bordas de um poema,
amarrando
por dentro os juramentos de amor eterno,
feito
na capela, na hora sublime do anoitecer.
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