Noite
fria
Saborear
a solidão da noite fria,
passar
as mãos sobre os lençóis finos,
deitar
nos travesseiros e escutar
a
noite conversar com a chuva e com o silêncio.
Escutar
a chuva cantar para agasalhar os meus medos,
medos
dos raios que riscam a minha janela,
dos
trovões que fazem tremer o colchão
que
molda o meu corpo,
medo
dos relâmpagos que assustam os meus sonhos
e
quebram os meus frágeis vitrais.
Saborear
a noite fria quando a saudade se transforma
num
cobertor de estrelas e cobre com ternura
todas
as minhas saudades.
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