Infinito
encanto
Acabo de acordar,
escuto o cantar da chuva lá fora,
do telhado molhado escorre a água que
transborda as valas e imunda os quintais.
A saparia canta,
no aningal treme de frio a garça
branca...
Começo a tecer barquinhos de papel,
eles navegam na vala amarela,
teço paneiros para colocar embaixo das
goteiras
abertas num universo de águas e temporais.
Conserto o telhado quebrado por uma
estrela
e pela lua cheia que caíram e viraram
cristais.
Levanto da cama quente, vejo o horizonte
que se
estende na palidez amarela, tal qual a
florzinha
singela que dança ao toque da chuva...
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