A poesia do silêncio
Agora que o barulho cessou,
que o pássaro voltou para o seu ninho,
que o fogo apagou devolvendo a brandura
para os olhos do tempo, eu vou viajar no
rio do amor,
vou remar com delicadeza, bem devagar
para não assustar os filhotes da linda
sereia
que mora nas pedras dos meus olhos.
Na viagem da vida, o barco me espera na
margem,
ancorado numa árvore onde mora uma orquídea
Agora que o barulho cessou,
a poesia se encantou no balançar do
barco que espera
por um olhar de quimera,
por um canto de paz...
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