Olhos de libélula
Por entre as folhas avisto o horizonte
o navio rasga o rio, quebra as
ribanceiras,
afugenta para as margens, peixes e
utopias
Uma velha ponte fere o solo composto por
areia,
lama, cristais e sonhos.
Do fundo do lodo vultos e miragens
nascem,
enquanto convés vazios,
carregam respingos de brisa
carregam respingos de brisa
e
vestes brancas de sangue.
Pelos olhos da paisagem
vejo passar gigantes solitários que vêm
de longe
e as singelas gaivotas sobrevoam a tarde.
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