Amarelas sementes
Eu olho pra dentro de mim
e vejo minhas paredes nuas
Vejo a rua anunciando a primavera
por entre perfumes e botões de flores.
Vejo no teu olhar o meu vestido de cetim
se abrindo
Bebes a minha alma
como criança a tomar sorvete na praça.
Em pensamento eu te chamo,
e tu respondes
Trazes no olhar o meu alimento
Procuro em meio as tuas pétalas
uma semente
e recebo o teu sorriso como se uma carícia fosse
Se para te plantar preciso te despetalar
Resolvo te deixar seguir o vento.
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