Ali, no infinito

Perdi o meu olhar

nas águas de lá, daquele

lado do infinito.

Ficou cravado, nas pedras,

nas aguas, no mistério

daquele portal.

Vi meus ancestrais se banhando,

se amando nas linhas

do horizonte.

Me achei nas samambaias

que dançam

ao som das cachoeiras,

sem certezas, sem medos,

simplesmente

na ousadia da entrega.

Meus olhos se acharam

naquela pequena flor que

por amor vive entre céus,

pedras e borboletas em voo. 

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