Lasca de um poema

Te procurei em algum lugar do infinito,

te encontrei,

mas você sumiu entre os verso do Neruda,

te procurei, não te encontrei

e sentei nas tabuas soltas

de um velho trapiche.

Chorei...

O grande rio colocou em minhas mãos

um lenço que cheirava a jasmim,

o jasmim de nossas saudades.

Bebi a tarde que tinha o sabor

de um gostoso café.

Indo embora, o velho e encantado trapiche

me abraçou, me entregou uma lasca de sonho,

um poema feito de água

e a singeleza de um novo caminhar. 

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