SONHOS E UTOPIAS

Nunca deixei de sonhar,

mas confesso que vivi um tempo triste,

de profunda indelicadeza,

de uma amarga intolerância e truculência.

Um tempo que se arrastou

pelas valas fétidas, sem alma

e pela ausência de poesia.

Mas tudo passa,

espero que essa ventania deselegante

não volte a soprar em mim

suas labaredas sufocantes.

Nunca deixei de sonhar,

porque os meus sonhos são feitos

de carne, de riachos

de afeto e de compaixão.

Vem sonhar comigo... 

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