Minha alma busca o silencio! Meu sorriso se alimenta da beleza da natureza! Meus sonhos pousam no verde, nas flores, nas águas... Gratidão a você  que comigo partilha este sagrado Universo! Namastê!!
 

A magia da fotografia

Sobre o brilho de uma lua pálida,

descansa a fadiga diária

do homem ribeirinho.

A proa do barco corta as aguas,

os sonhos, o sono e o tempo

entre o navegar e o ancorar

em algum porto.

As aguas nem mansas

e nem bravias se espalham

entre o voo do pássaro,

o silêncio e a solidão.

Ao longe, desponta um horizonte

que se prepara para dormir,

entre o céu, as nuvens

e os galhos secos que contornam

as margens do grande rio.

A quilha do barco sente o ronco

do motor, faz caminho entre a maré

cheia, a travessia e o farol 

quase pagado


E olha que a rosa se abriu bem ali diante dos meus olhos... beijo carinhoso no seu coração!
 

A rosa que não se abriu

O soar do sino chegou aos meus ouvidos

quase inaudível,

mas o coração reconheceu o chamado.

O estalo de um raio se chocando na calçada,

viu com maestria que

a rosa continuou intacta.

Foi o estrondo do trovão que

fez o velho quadro cair ao chão

e a orquídea branca balançar

no galho tomado de saudades.

Meus olhos se perderam ao longo

da famosa avenida que,

sem usar mascara, escancara

o descaso pela vida.

A chuva fininha molha o irmão que

se agasalha entre a Ipiranga e a São João,

deixando molhar os seus sonhos

num mundo de falsa ilusão.

De tudo trouxe comigo,

a rosa que ainda não se abriu...