Sementes e saudades
Como
é triste te ver ao chão!
Sem
verão e primavera
Flores
singelas e quase amarelas
se
espalham na poesia do asfalto.
Em
qual sepulcro morre a ternura?
Em
qual escombro nasce outro jardim?
Morte
e vida se encontram,
e
celebram a floração.
Chuva
e ventania, também...
A
agonia da madrugada,
eu
bem sabia, algo estranho
acontecia entre o raiar do dia
acontecia entre o raiar do dia
e
o silenciar do pequenino sabiá,
sem
ninho.
Ainda
te retirei do chão,
te
coloquei em minhas mãos,
mas
já eras sementes
nos
jardins dos flamboyants...
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