Lápis e pincéis
Sentada na calçada vejo o entardecer
Vejo as cores se comerem no firmamento
Vejo lápis escreverem destinos,
pincéis desenharem caminhos e aquarelas
 e anjos dançarem ao vento.
Tarde de saudade que se enraíza no meu peito
ao ouvir a coruja rasgar o seu triste grito
e a lua pálida clarear a copa do mucajá
que já dorme no leito do horizonte.
A calçada, o pulsar do coração,
o bater de asas...
Em tudo vejo uma oração, um pedido de perdão
a mãe Terra, nesta doce hora de meditação.

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