Minha linda Macapá
Doce caboca molhada de rio
Canoa
pintada, velas, ventos, remadas,
lama
amarela, redes, jangadas,
pés
de bacaba, sereia assanhada nascida
das
águas, filha de tupã.
Macapá,
senhora das matas,
das
madrugadas enluaradas, das pororocas desvairadas,
das
ribanceiras quebradas pelos fortes vendavais.
Macapá
minha amada,
enfeitada
de buritis, açucenas e açaís
Macapá
menina, meu doce amor.
O
que trago de ti na alma?
Cheiro
de terra molhada, de mata fechada, pingos de água,
histórias
da cobra Sofia,
ventanias,
cheiro de peixes, travessias
e imensa
vastidão do velho rio-mar.
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