Talismã
Eu deitei num velho divã
O macio divã se moldou ao meu corpo
e a vida se fez suave naquele couro 
desbotado pelo tempo.
Dormi e o acaso cuidou do meu rosto pálido
Sonhei que o divã trançava meus cabelos,
beijava minhas mãos com ternura franzida
e bordava nos meus olhos fechados a palavra amor.
 Amor que chegou pelo silencio do vento
e se foi na brisa tristonha da tarde
Meu divã fugiu, foi fazer descansar o cansaço da noite.
Meu divã virou talismã...

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