Amo
este rio
As
águas são rasgadas pelas quilhas dos barcos
Escuto
o seu choro, o seu lamento,
mas
de repente as ondas se encontram
e
nasce uma canção de amor.
A
água canta, o barco desliza, afunda-se
em
partituras e silêncios
e
mergulha no remanso misterioso do anoitecer.
O
mururé segue a enchente e na vazante
ele
desabrocha uma linda flor lilás, lilás da cor dos sonhos.
Nas
madrugadas, o mururé sonha, as quilhas afagam as águas,
o
sabor, o odor, o calor das margens paradas
e
a correnteza que a tudo movimenta.
O
barco abre caminho entranhando esperança
E
o rio? Ah, esse vira encanto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário