Varinha
de condão
Não
quero decifrar o teu silêncio,
para
isso terei que andar por dentro de ti,
colocar
os meus olhos dentro dos teus,
escutar
o teu coração
e tomar
tuas mãos mais uma vez.
O teu
silêncio acalma a minha fala,
me
faz coçar a tua alma,
sorrir
com a tua seriedade
e
ainda cantar para a teu coração dormir.
Quero
simplesmente perguntar,
o
que acontece com os silêncios não falados?
Para
onde eles vão?
Que
poemas eles escreveram e ocultaram?
Hei
de guardar o teu silêncio
como
a roseira guarda o botão que ainda não desabrochou,
mas
molhado ficou do sereno da madrugada.
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