Muitas vezes sou tomada de saudades da ilha que foi meu berço, da bonita paisagem que coloriu minha infância, das pessoas simples e bondosas que me cercaram de cuidados e carinhos, das enchentes que inundavam os nossos terreiros, alagavam os roçados, faziam os outros animais procurarem abrigos bem longe. Vejo-me com lágrimas nos olhos! Mas, o meu sorriso brinca com o meu choro ao lembrar a magia das grandes águas. Em meio à flutuação da ilha minha mãe e minha avó transportavam lenha com a maior facilidade. Ainda posso vê-las remando por entre os arbustos e fazendo malabarismo para não afundar a pequenina canoa que na Amazônia damos o nome de casco.

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