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Jardins da poesia
A poesia se entranha pelas calçadas,
aduba os jardins,
conversa com as rosas,
escuta os girassóis
dá colo aos jasmins.
A poesia colhe o orvalho da madrugada
Clarea as noites escuras
Escurece os dias de sol.
Dorme enrolada na brisa
Brinda o dia de calor
com o sereno que chora pela gaivota que não voou.
A poesia se faz em mim silêncio,
esconde o que não quero dizer,
diz o que quero esconder,
faz de mim um canteiro de pétalas orvalhadas.

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