Criando sonhos
Eu planto um jardim
O jardim cria em mim um sonho
Eu cultivo um sonho
O sonho me cativa
Eu cativo a vida
A vida brota dentro de mim como a lua,
mágica, linda, encantada e orvalhada de luz
Apaixonada pela Vida,
a vida ama dentro de mim
Enfeitiçadas saimos por aí
plantando sementes e rosas.
Tudo o que faço,
o que faço me faz...
Assim, escolhi amar infinitamente.
Para quem acha que não há primavera no norte do Brasil, olhe para este ipê! Ele celebra a primavera, dilata minhas pupilas e amarela o chão de esperanças...
Esta helicônia nasce do fundo profundo onde habita a magia, o sonho e a poesia, que me chamam para a praça lagoa... É por aqui que caminho seguindo o cantar do Bem ti vi...
Esta veio de longe, trouxe o perfume da tarde e a cor lilás dos sonhos!

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Jardins da poesia
A poesia se entranha pelas calçadas,
aduba os jardins,
conversa com as rosas,
escuta os girassóis
dá colo aos jasmins.
A poesia colhe o orvalho da madrugada
Clarea as noites escuras
Escurece os dias de sol.
Dorme enrolada na brisa
Brinda o dia de calor
com o sereno que chora pela gaivota que não voou.
A poesia se faz em mim silêncio,
esconde o que não quero dizer,
diz o que quero esconder,
faz de mim um canteiro de pétalas orvalhadas.
Esta eu colhi pra ti, agradecendo às muitas que colheste pra mim... Elas nascem nas beiras do rios, nas margens das calçadas...
As flores são as mais belas demonstrações de amor: São poemas, poesias, harmonias e saudades!
A primavera sempre vem e faz tudo ficar mais bonito... Belas mãos que anunciam belezas!

Jardim encantado
Meu coração recebe flores
em todas as cores, diferentes flores...
Elas ternuram a vida...
Trazem o perfume das mãos que as oferece
Vem numa caixinha pintada de segredos,
o laço é uma folha de trevo
toda amarradinha com ipês e saudades.
Cada pétala é uma lembrança singela
Cada flor é uma carta de amor
que guardo num baú encantado.
Toda flor é delicada
O amor é uma bonita estrada
que acolhe Gaia nas dores do parto
Parto de amor que busca o infinito.
As flores deitam no meu peito
Seduzem-me, me molham de lua,
fazem minha estrela brilhar,
e meu corpo polinizar o mais doce sonho.
Nossas flores se jardinam num doce silêncio!
O amarelo da saudade se amarra numa corda de estrela...
Ipê branco... O coração canta e a alma embala tamanha ternura...
"Toda manhã eu passo por aqui e lembro da minha poeta" Obrigada pela gentileza!
Aqui a singeleza aperta carinhosamente as suas mãos, turva de amor o olhar e se aconchega meigamente em cada coração!
Em cada pétala há um beijo pendurado... O cacho de flor está orvalhado de saudades...
O rubro desta rosa é o nosso coração...
Este poema é de autoria da Beth Zhalouth... Que delicadamente dedicou a mim!
Obrigada, querida!

Valor da educação

Aquele que lê bons livros, escreve belas estórias
Aquele que almeja o conhecimento, exorciza medos
Aquele que abraça os estudos, supre carências

Criar respostas e desmitificar falsas teorias...
Dominar as artes e restaurar o mundo...
Aprender ciências e construir pontes sólidas...
Prestigiar as escolas e esvaziar as prisões...

Educar para transformar
Transformar para crescer
Crescer para ser feliz...

Investigar o voo dos pássaros para voar 'inda mais alto...

Dedicar-se às letras... mediar as discórdias... instaurar a paz!

Dedico este poema à professora Deusa Ilário

Esta delicadeza é presente de uma pessoa que muito amo! Por tamanha beleza resolvi compartilhar com vocês. Que o encanto e a boniteza deste ramo perfume o seu coração e deixe a sua alma cheinha de Amor

Caminho crepuscular

Meus pés seguem o crepúsculo...

O coração, a aurora...

As noites caem...

A solidão molha as estrelas com gotas de mansidão.

As mãos esquecem o calor da ternura

O coração acorda, a alma silencia...

A alegria irradia e espalha feixes de luz

O ecoar da tua voz na distante memória,

trás todas as auroras, com sabor dos beijos teus.

O azul crepuscular seguirá de mãos dadas

nas tardes, senão azuis, amarelas

e cobrirá de quimeras as nuvens que caem sobre o mundo...

O crepúsculo me chama, mas eu vou devagar
como uma noiva que caminha feliz para o altar eu vou,
meus passos envoltos na melodia da valsa,
não querem chegar
É a dança, os aplausos, a platéia
que me fazem acreditar que do portão pra lá
há sol, primaveras, carinhos, e um encantado cantinho,
também pra nós dois.
São belos os pés que rumam para o crepúsculo,
sem pressa de chegar...