Bromelia orvalhada
Um som ao longe ecoa
É a água que canta
ao descer da cascata, se fazendo
ondas de cristais.
Os peixes dançam
num balé de cores e movimentos
e as pedras sonham com a lua
que espreita escondida
para além das mãos humanas.
Os matinhos que se penduram
por entre as pedras, como se trapezistas fossem,
meditam inebriados na mandala sagrada.
A bromélia orvalhada
sonha com o beija flor que virá
para beijá-la e embebedar-se de seu sumo polinizador,
rompendo as paredes do templo.
A cascata é uma fonte de mistério,
onde a vida jorra perplexidades e silêncios.
No fundo da cascata
eu busco acordar o Cristo interior
que habita a profundeza da minha alma,
e o coração de quem Ama a Vida.
Bendita Cascata do Amor!
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