A
magia da lua
Céu e
terra brilhavam,
o povo
cantava e emanava luz
Lua
bonita, radiante e morosa,
coloria
cabelos ao vento
O
encanto da noite
encheu
meus olhos de ternura
e
saudades.
Nos
braços da lua,
Nando
Reis cantou,
encheu
o espaço de musicalidade,
de
amorosidade
e de
doces saudades.
Lua
bonita,
transborda
magia nas almas
quase
vazias
e
ilumina aqueles que doam
suas
mãos, sonhos e corações
por um
mundo mais fraterno,
mais terno e pleno de amor.
Eu
Na
vida eu choro,
me
faço alegria,
medro
no nada, me apago,
sou
luz, sou dor,
sou
odor, sou aroma.
Minha
alma é perfumada,
sou
errante,
sou
aprendiz do amor.
Escrevo
bobagens
pra te
fazer sorrir,
as
vezes a razão toma minhas mãos
e
escrevo pra te fazer refletir.
Amo
plantar jardins
pra te
ter como uma flor
E
assim, enfim,
vou me
costurando
na dinâmica do mundo.
Ao vento
Um
jardim passa pelos meus olhos
Flores,
flores, flores...
Mágicos
cachos
pendurados
no azul do céu,
entre
nuances marrons de
nuvens e roxorosa
de amores
e pétalas.
Poemas
voam nas asas
de
borboletas,
deixando
nas verdes janelas
réstias
de minhas saudades
Sem flores
lavo as dores do povo
No imenso rio Amazonas.
Flor e
dor
Mandei
pra você
um
vaso com girassóis,
meu
jardim estava sem sol,
o sol
estava queimando minha alma
e meus
sonhos.
Salvei
a frágil margarida,
ela
estava perdida
entre
os espinhos
de um
cacto sem flor.
Cutuquei
a lua,
ela
caiu sobre meus cabelos,
pesquei
as estrelas,
elas
deitaram em meus lençóis.
E assim,
iluminaram
minhas noites,
desabrocharam
a rosa perdida
e
saíram semeando orquídeas
em
todos os quintais
Eu canto
as dores
de todas as primaveras.
Assim
Ando assim,
costurando
aqui,
costurando
ali...
Costuro
a Gaia em flor,
costuro
um tempo de amor,
costuro
o depois de todos
os
horizontes.
Costuro
os meus retalhos,
desretalhada
sou num tempo
sem
inteireza.
Mas inteireza
eu sou,
e bem
acolá me deixaram
um
pezinho de saudades.
Era a
tarde de um amanhecer,
era um
amanhecer
de uma
tarde,
tudo
costurado virou
transcendência...