Num dia desses
Visto de luz todas as minhas saudades,
pinto de agua as minhas tristezas,
envio para a lua, os sonhos que
sonho nos meus travesseiros
e os sonhos sonhados no coletivo
eu sopro ao vento
Quando sonho junto com outras
e outros revivo as todas as utopias.
Visto de mistérios minhas fantasias,
de divindade minhas verdades,
de esperança os pés de quem abre caminhos
em meio a historia em construção.
Assim abro o meu coração
e costuro os meus retalhos
que foram deixados sob a colcha do tempo.
Na
borda do coração
Saudade não é ausência,
saudade é o amor que caminha
pelas bordas do coração,
que abre o portão da alma
e faz chover nos meus olhos.
Sinto saudades quando
o disco da memória
toca as canções que
outrora cantamos.
Sinto saudades toda vez
que o vento traz, das flores,
o nosso perfume.
Sinto saudades quando abro
os velhos álbuns que guardo com
as nossas fotografias.
Sinto saudades de tantos
sonhos que sopramos ao vento
Saudade não é ausência,
é a permanência de quem amamos.