Numa tarde qualquer, sentei à sombra dos açaizais e esperei o voo dos guarás... Paz e bem à você que passeia nas minhas plavras... Gratidão!


A volta das borboletas

Nunca tive dono

e nem fui dona de ninguém

Ousadia não me faltou

e diante do céu azul eu já dancei

todas as cirandas.

Nasci numa manhã de julho,

chorei num mês de agosto,

gratidão ao agosto que me fez

costurar todas as saudades.

Hoje, me acostumei,

a cutucar luas, namorar as estrelas,

recolher gotinhas de orvalho,

abrir portões

e esperar que as borboletas voltem... 


Uma escada a mais, rumo a minha reconexão com a natureza, com o universo, com a espiritualidade de luz...Noite abençoada, meus amigos de perto e de longe!

Rebeldia

Quiseram  calar meu sonhos,

apagar os meus faróis,

quebrar os meus cristais,

escurecer minhas noites,

trasmudar minhas auroras,

sujar meus oceanos,

despoetisar a poesia.

Mas a Vida não obedece ordens,

sonhos são ventos,

faróis iluminam, 

cristais são gotas de orvalho,

noites e amanheceres são dádivas,

o mar é magia e a poesia é plenitude.

A esperança é transgressão,

a utopia é comunhão,

 a saudade me toma pelas mãos

e tudo amanhece outra vez.