E vou ver o mar
Da janela do meu castelo
colho uma estrela pra ti.
Os morros passam por mim
e beijam meus olhos molhados.
A estrada é arriscada,
tem curvas acentuadas,
tem gente enfileirada,
tem sino a tocar...
Do alto de minha solidão
vejo um barco a viajar,
uma casinha a brilhar
do outro lado do horizonte.
Eu quis descer
para me molhar no mar,
mas o medo me cegou,
o vento uivou e eu escutei
o choro da humanidade em dor.
O dia vai amanhecer,
eu vou descer e amar o mar...
Mesmo de longe
Lagrimas, lagrimas...
Choro não contido,
dor se derramando ao meu redor,
sofrimento duradouro...
Me dê sua mão,
deixa eu aquecê-la entre as minhas
Mesmo de longe,
sinta o meu carinhoso abraço.
As traças corroem a desesperança,
e a dança vai voltar
a tocar os seus pés
Viver tem esses desafios.
Outro tempo vai surgir
As lagrimas de hoje
vão molhar os jardins,
a dor vai fazer nascer a flor
que precisamos para sermos felizes,
o choro de ontem vai voltar a sorrir.
Eu coloco os meus jardins
dentro de ti e juntos, juntas,
havemos de florescer...
Um punhado de esperança
Dos olhos do horizonte
chuviscavam estrelas e mar
Meu olhar avistou de longe
esse doce encontro,
contado com palavras e poesia....
O olhar fez curva e lá no finzinho,
quase alcançando o infinito,
ele partiu-se ao meio.
O horizonte banhou-se
no azul do mar,
catou as espumas
trazidas pelas ondas e caminhou
sobre a areia branca da praia.
Desfez a curva e voltou,
trouxe em sus mãos,
um punhado de saudades...