De vento e de flores

Voltei no tempo,

fui procurar o lenço vermelho

que deixei pendurado

no farol dos sonhos.

O tempo sumiu entre a poesia

dos meus dedos.

O lenço voou, nas asas da liberdade

e se encantou no laço do meu querer.

Voltei no tempo,

mas ele já não estava tão intenso,

já bem velho não soube me dizer

onde estava você,

disse que em algum lugar,

na imensidão do espaço,

tomado de vento e flores. 

Sou mais um fio na grande Teia da Vida! Namastê
 

Lentamente

E o vento chegou friozinho,

o tempo anuviou,

a tarde entristeceu

e o coração sinalizou,

dizendo que as boas aventuranças

aportaram no cais.

Que tempo intrigante é esse?

Me tirou os abraços,

a caminhada na praça,

fez ficar cada um na sua casa...

Mas a fé na primavera que chega

acalma a alma

e faz da triste tarde

um varal de poesias.

E o vento morno tocou minha pele,

dançou com o meu jardim

e dormiu sobre os braços

das lindas estrelas.

E o vento chegou...