Infinito
meu
A água molhava o convés do barco,
como
o orvalho molha a madrugada
dos tristes invernos.
dos tristes invernos.
Tanta
maresia, que não coube no rio
e
subiu para tornar o horizonte mais bonito
no
seu infinito, no infinito meu.
A
ventania paralisou o meu pensar,
o
pulsar de um coração
que
segue os devaneios de um inteiro pedaço de mar.
Esse
dia é como uma criança agitada,
pula,
corre, mexe, remexe
e
molha de inverno esta alma
que
busca as borboletas para pintar-se no espaço
bordado
de caramanchão de flores...